Espaço destinado a informação relativa a tontura e vertigem, identificando causas, sintomas e diagnóstico para tratamento das tonturas e vertigens, assim como das dores de cabeça.


quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Tontura tem cura?

Já abordámos aqui a definição de tontura, quais as causas de tontura, os tipos de tontura e quais os sintomas associados.
Falamos agora sobre a questão que muitos paciente colocam ao seu médico “Doutor, labirintite tem cura?”.

Com esta frase colocam a sua dúvida se  há solução para a sua tontura, depois de realizarem diversos tratamentos sem sucesso ou por não saberem que existe tratamento para este sintoma.  
A noção de que a tontura não tem cura é errada, porque habitualmente está baseada no desconhecimento sobre a necessidade do diagnóstico médico e das possibilidades de tratamento das doenças que afetam o labirinto.
Tontura é um sintoma frequente na rotina clínica da otorrinolaringologia e de outras especialidades médicas e áreas afins. O acometimento do sistema vestibular, principal estrutura do sistema nervoso periférico e central relacionada com o equilíbrio corporal, pode ser causado por diferentes problemas em outras partes do corpo humano.

O que se pode fazer pelos pacientes com tontura?

Uma história clínica cuidadosa é essencial. Com o relato  do paciente, o médico terá condições de suspeitar que os sintomas possam ser decorrentes de comprometimento do sistema vestibular.
É errado tratar sem diagnosticar. Antes de tratar o paciente com tontura, é necessário identificar e caracterizar o distúrbio do sistema vestibular. O paciente deve ser submetido a um estudo funcional do sistema vestibular  e auditivo, constituído pelo labirinto, nervo cocleovestibular, núcleos, vias e inter-relações no sistema nervoso central. O diagnóstico baseado na história clínica e nos exames realizados possibilita dar detalhes ao paciente sobre a sua doença e o que se pode fazer para tentar reduzir ou erradicar os seus sintomas com um tratamento indicado para o seu caso.  
Os melhores resultados terapêuticos são obtidos com a combinação de:
  1. remoção ou controle da causa, quando identificada;
  2. medicação antivertiginosa;
  3. exercícios de reabilitação vestibular;
  4. eliminar erros alimentares e outros fatores agravantes.
A evolução do doente deve ser acompanhada por meio de reavaliações periódicas até que ele alcance o melhor resultado possível.

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Medicamentos mais utilizados para tratar vertigem

Os medicamentos mais utilizados no tratamento sintomático da vertigem e outras tonturas, isolados ou em diferentes combinações, são, antagonistas de cálcio, cinarizina e flunarizina, agentes vasoativos, betaistina,pentoxifilina, antihistamínico, meclizina, ansiolítico, clonazepan, antieméticos, dimenidrinato  e domperidona.

Medicação no tratamento de vertigens

Não existem medicamentos específicos para cada doença vestibular; a escolha depende da experiência clínica do médico. Os medicamentos anti vertiginosos tratam essencialmente os sintomas, não a doença, mas contribuem para a evolução favorável do paciente. Muitos anti vertiginosos podem também ajudar na diminuição ou desaparecimento de náuseas, vómitos, zumbidos e de perdas auditivas.

Causas da vertigem

O corpo detecta a postura e controla o equilíbrio através de órgãos do equilíbrio localizados no ouvido interno. Esses órgãos possuem conexões nervosas com áreas específicas do cérebro. A vertigem pode ser causada por distúrbios do ouvido, dos nervos que conectam o ouvido ao cérebro ou do próprio cérebro. A vertigem pode estar relacionada a problemas visuais ou a alterações súbitas da pressão arterial. Muitas condições podem afectar o ouvido interno e causar vertigem.
Essas condições incluem infecções bacterianas ou virais, tumores, pressão anormal, inflamação de nervos ou substâncias tóxicas. A causa mais comum de vertigem é a doença do movimento, que pode ocorrer em qualquer indivíduo cujo ouvido interno é sensível a determinados movimentos, como o balanço (oscilação) ou as freadas e arrancadas abruptas. Esses indivíduos podem sentir-se particularmente tontos durante viagens de carro ou de barco. A doença de Meniere produz crises episódicas e abruptas de vertigem, juntamente com zumbidos nos ouvidos e surdez progressiva.
A duração dos episódios varia de alguns minutos até algumas horas e, frequentemente, eles são acompanhados por náusea e vomito intensos. A sua causa é desconhecida. As infecções virais que afectam o ouvido interno (labirintite) podem causar uma vertigem que normalmente manifesta-se subitamente e piora ao longo de algumas horas. Após alguns dias, a condição desaparece sem tratamento. O ouvido interno comunica-se com o cérebro através de nervos. Uma área situada na porção posterior do cérebro controla o equilíbrio. Quando a circulação sanguínea dessa área do cérebro é comprometida (distúrbio denominado insuficiência vertebrobasilar), o indivíduo pode apresentar vários sintomas neurológicos, inclusive a vertigem.
Geralmente, as cefaleias, a fala pastosa, a visão dupla, a fraqueza de um dos membros superiores ou inferiores e os movimentos descoordenados são sinais de que a vertigem é causada por um distúrbio neurológico cerebral em vez de um problema limitado ao ouvido. Esses distúrbios cerebrais incluem a esclerose múltipla, as fracturas cranianas, as crises convulsivas, as infecções e os tumores (especialmente aqueles localizados na base do cérebro ou em suas proximidades). Como a capacidade do corpo de manter o equilíbrio está relacionada a indicações visuais, um defeito da visão, especialmente a visão dupla, pode acarretar perda de equilíbrio.
Os indivíduos idosos ou aqueles que utilizam medicamentos para doenças cardíacas ou para a hipertensão arterial podem apresentar tontura ou desmaiar quando ficam em pé abruptamente. Esse tipo de tontura é decorrente de uma queda breve da pressão arterial (hipotensão ortostática) , comummente dura apenas alguns segundos e, algumas vezes, pode ser evitado com o indivíduo levantando-se lentamente ou com a utilização de meias compressivas.